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- Eles se arrependeriam de ter colocado os olhos nela
Era aquela época do ano de novo.
A época em que todas as jovens estavam
ansiosas, extasiadas na verdade, para brilhar, enquanto são apresentadas a
sociedade londrina.
A época na qual, elas usam seus lindos
vestidos brancos, as longas luvas e faziam penteados. Compras e mais compras.
Assim como era convidadas pra chás, jantares e almoços, e os bailes.
Os gloriosos bailes aonde elas seriam
apresentadas a ilustres cavalheiros, talvez seus futuros maridos. Estariam ali
entre os marqueses, e duques, barões e condes. Viúvos solteiros, jovens,
velhos, homens atraentes, tanto na aparência quanto nos bolsos.
Pois mais que um marido, as mocinhas
queriam um casamento vantajoso, um titulo e uma considerável fortuna.
Mas, nem todas as mocinhas pensavam
assim, algumas, uma na verdade, repudiava a ideia, algumas ficariam chocadas ao
ver como lady IsabellaSwan, parecia abominar a ideia de ir a um baile para que
se mostrasse aos cavalheiros, e fosse escolhida como uma mercadoria, para um
homem sem cérebro.
- Eu não vou a um baile para me mostrar
e ser escolhida como uma mercadoria para um homem sem cérebro. – falou
empinando o queixo, seu pai um homem que sempre fizera todas as vontades da sua
menina, tentava convencê-la do contrario, mas pela carranca da jovem, e a
bagunça em seu quarto depois dele ter anunciado que ela deixaria o campo para
ir a Londres, provava que ela não gostara nem um pouquinho da ideia.
- Isabella meu bem, você não quer ser
uma solteirona não é? Não há muitos partidos, a sua altura nas redondezas,
precisa ir a Londres se quer ter um bom casamento.
- Eu não quero me casar. – gritou
indignada. Seu longo cabelo escuro balançando cheio de vida contra seu rosto,
enquanto esbravejava, as pequenas mãos nos quadris e o queixo empinado, os
olhos verde escuro faiscando. – Não me casarei com um almofadinha de Londres.
Charlie Swan suspirou e sentou na
cadeira mais próxima, a da penteadeira de sua filha. Era um viúvo já tinha
muitos anos, perdera a esposa há mais de dez anos, concentrara todo seu amor,
na única coisa que sua Renée deixara para ele, sua pequena e imperiosa
Isabella.
Desde pequena, quando lhe dava uma
ordem, colocava as pequenas mãos nos quadris empinava o queixo delicado, e
esbravejava dando milhões de motivos para fazê-lo mudar de ideia.
Mas dessa vez era diferente, Isabella
já tinha 16 anos, preste a fazer 17 já estava na hora de se casar, de ter uma
família. E não importava o que ela dissesse ela iria para Londres.
Com força ele deu um soco na
penteadeira que tremeu, se levantando, Isabella se calou olhando para o pai.
- Não Isabella, dessa vez não. Já está
decidido, você irá amanhã mesmo para Londres ficará com sua tia Esme, ela lhe
apresentará a sociedade, e você irá a todos os jantares, e bailes e o que for
que Esme a levar, e vai sorrir e tentar ser simpática.
- Não pode estar falando sério!
- Isabella Marie Swan, eu a deserdarei
se não me obedecer.
- O senhor não ousaria.
- Inferno, não, mas se continuar me
tentando o farei. Estou falando sério Isabella, quero que vá para Londres e
tente pelos menos arrumar um marido.
- Está irredutível nisso? – ele
escondeu o sorriso, ao ver o olhar furioso da filha, mas foi firme em sua
decisão.
- Sim, eu estou.
- Ótimo, mas tenho uma condição.
- Por que isso não me surpreende. – ele
grunhiu e voltou a se sentar. – Vamos menina, diga de uma vez.
- Eu não me casarei sem amor.
- O que?
- Eu só me casarei se amar o noivo. Eu
irei aos benditos bailes e jantares e o que for que tia Esme me arraste, e
tentarei ser no mínimo gentil, mas não passará disso. Não serei forçada a
casar, não importa o quão rico for o pretendente, minha opinião tem que ser a
única ouvida.
Charlie suspirou pesadamente.
Não era o ideal, mas se isso fizesse
sua filha ser feliz o que mais poderia desejar?
- Sim, Isabella, nós temos um acordo. –
ela sorriu, um pequeno e travesso sorriso, e Charlie soube imediatamente que
sua filha tinha uma carta na manga.
Mas ele somente riu e se levantou, indo
até a filha que nem prestava mais atenção nele, só cozinhava algo na cabecinha
morena, beijou sua testa e saiu do quarto. E rezou para que Londres ainda
estivesse inteira quando acabasse a temporada.
Isabella se jogou na cama gigante de
seu quarto, seu corpo pequeno afundou no colchão e sorriu para si mesma.
Charlie podia ter ganhado a luta, mas a guerra só estava começando, e seus
alvos seriam os futuros pretendentes.
[...]
- Ela chegou. – gritou a menina de
cabelos loiros encaracolados e vestido rosa, ao descer as escadas da mansão dos
Hale, ela estava ansiosa para conhecer a prima, ouvira tanto dela, e da sua
beleza e personalidade, e séria maravilhoso ter uma amiga quando fosse ao baile
dos Newton.
- Rosalie, não corra. – repreendeu Esme
Hale, em frente à porta, enquanto carregadores passavam trazendo as malas de
Isabella.
- Mas ela chegou? – falou mais
brandamente, ao chegar a porta e ver a jovem de cabelos escuros em um bonito
marrom, a pele branca e imaculada, o nariz pequeno e arrebitado, e os profundos
olhos verdes.
- Prima Rose. – Isabella falou
alegremente e a menina sorriu.
- Isabella, era tão pequena quando nos
vimos.
- Verdade, olhe para você, está uma
mulher. – a jovem corou profundamente.
Sim tinha um busto muito proeminente e
curvas, os quadris estavam muito arredondados e era alta, mas não gostava de
ser tão alta, ou que seus atributos fossem tão visíveis. Preferia ser como a
prima, tão pequena e delicada, seu busto era de um tamanho bom, que não a fazia
ser reta, mas não era exagerado, e tinha curvas sim, mas nela pareciam
delicadas, talvez por ser mais baixa.
- Obrigada. – a moça sorriu secamente.
– Mas você também, está muito bonita, mais... hmmm mulher.
- Oh obrigada. Infelizmente meu pai
notou isso também, e por isso estou aqui.
- Não será tão mal Isabella. – falou
Esme que sorria olhando da sobrinha para a filha, a diferença entre ambas era
marcante.
Como o sol e a noite. Rosalie brilhava
com seu cabelo loiro brilhante e sua alegria entusiasmada, já Isabella era à
noite, calma e serena, com seu cabelo escuro, mas ainda sim, ela tinha algo que
com certeza atrairia muitos rapazes.
Seria complicado vigiar as duas moças,
mas faria o possível para que fizessem bons casamentos.
- Veremos tia. – Isabella resmungou e
olhou em volta,
A casa de Esme era muito bonita, uma
mansão grande rodeada de luxo e beleza, o marido havia morrido há alguns anos,
mas deixara considerável fortuna para a mulher e filha. Ambas poderiam viver no
luxo até a morte, pois estavam muito bem amparadas.
Quando as malas chegaram os criados as
levaram para cima e Rosalie agarrou a mão de Isabella, ela sorriu para a prima
e colocou seu braço em volta do seu.
- Venha ver seu quarto, é ao lado do
meu.
- Ótimo, poderemos fazer festas ao
anoitecer. – Rosalie saltitou no lugar.
- Oh sim, será maravilhoso. – Isabella
sorriu, apesar de ser forçada a vir, passar algum tempo com a prima podia ser
divertido.
Subiram as escadas e atravessam um
longo corredor, Rosalie ia indicando as portas, até chegar a uma grande de cor
creme, empurrou as portas duplas e entrou a puxando, Isabella sorriu admirando
o quarto.
Era tão bonito quando o que tinha na
casa do campo, grande e espaçoso, uma penteadeira e um grande guarda-roupa,
todos os móveis em madeira creme assim como o papel de parede.
- Gostou?
- Sim Rose, é perfeito.
- Ótimo, eu vou deixar que descanse,
não se esqueça que temos o baile dos Newton hoje.
- Já? – resmungou, mas sua prima estava
tão animada que nem notou.
- Você já está atrasada Isabella, já
perdeu duas semanas de eventos. Iremos aos Newton hoje, depois de amanhã, temos
um chá com os Weber, e sexta feira os Masen darão um jantar, ah claro
precisamos fazer compras, iremos na quinta e...
Isabella parou de ouvir e se jogou na
cama, seu pai não estava brincando quando disse que queria que ela casasse. Em
um desses bailes ou chás ou o que for, ele realmente esperava que ela gostasse
de algum almofadinha.
Mas ela tinha outros planos, e casar
não estava nem perto do que ela queria. E ela iria afugentar cada pretendente
que se colocasse em seu caminho, sorriu abertamente e voltou a prestar atenção
na prima.
- ... e temos também o baile que mamãe
dará para nós em nossa homenagem, é claro. Se dermos sorte, conheceremos...
Voltou a ignorar a prima, pelo jeito a
lista de festas era interminável.
[...]
Passava das oito quando entraram no
salão da mansão dos Newton, as Hale acompanhadas por Isabella Swan, foram
anunciadas e para seu desgosto todos a olhavam, e nem era por seu vestido
branco perolado que tinha um decote generoso, infelizmente era por que ela era
novidade na cidade.
Com uma careta de desgosto entrou no
salão, mas a escondeu rapidamente forçando um sorriso, e tentando parecer
amigável, não queria que tia Esme reclamasse com seu pai, iria fingir que
estava aceitando essa situação, mas no final da temporada, iria dizer que não
se casaria, e seu pai teria que aceitar.
Afinal tinham um acordo.
Muito satisfeita consigo mesma, abriu
seu melhor sorriso, e se preparou para encarar seu primeiro baile.
- Esme querida bem vinda. – uma bela
mulher de cabelos loiros dourados e olhos azuis curiosos as cumprimentou na
porta, um homem alto igualmente loiro com uma espessa barba moveu a cabeça em
um gesto educado.
- Barão, baronesa.
- Meu bem, está belíssima Srta. Hale. –
Rosalie sorriu agradecida e em seguida se viraram para Isabella. – E essa quem
é?
- Oh sim, é minha sobrinha, Isabella
Swan. Isabella esses são o Barão e baronesa Newton.
- É um prazer. – cumprimentou
educadamente sorrindo e a mulher ficou encantada.
- És belíssima Isabella, precisa
conhecer nosso Michael.
- Oh séria uma honra.
- Você também Rosalie, Michael vai
ficar encantado quando vê-la.
- Claro baronesa, adoraria revê-lo.
Elas acenaram e se afastaram, enquanto
o barão e sua esposa recebiam os próximos convidados. Assim que estavam longe o
suficiente, Isabella agarrou o braço de sua prima, sussurrando em tom de
confidente.
- Quem é Michael?
- Ah lorde Michael Newton, ele é muito
bonito. – ela olhou pelo salão e apontou para um jovem ao lado da mesa de
ponche, usando um terno negro como a maioria dos homens, conversava com outro
homem, ele era bonito na verdade, mas tinha um ar tão enfadonho, que Isabella
temeu bocejar quando lhe visse.
- Gostou dele? – a prima perguntou com
curiosidade e Isabella se pós a rir.
- Oh sim, ele parece ser extremamente
agradável. – Isabella viu a prima sorrir com satisfação e bufou.
Sua prima não conhecia o sarcasmo.
Talvez fosse bom, Isabella pensou
olhando entediada, ainda não acreditara que seu pai queria que se cassasse com
um desses homens, era só olhar para eles que desanimava. Todos não passavam de
almofadinhas, mais preocupados com sua aparência e os dotes das mocinhas
ingênuas, do que com qualquer outra coisa. Não, isso não era o que Isabella
queria para si, gostava da sua liberdade e de fazer o que quisesse, não iria
admitir um idiota arrumadinho e prepotente mandando nela. Eles até podiam
pensar que ela fazia parte do grupo das mocinhas ingênuas, mas iriam se
arrepender assim que conhecessem Isabella Marie Swan.
Eles se arrependeriam de ter colocado
os olhos nela.
N/A: Oláaaaaaaaa gente
Migrando pra cá \o/
Vai ser complicado se adaptar, mas
vamos que vamos
Quero coments em
Façam sua autora feliz, ela precisa
agora *.*
Adoroo essa fic, Beward ta tenso aki
kkkkkkkkk
Bora pro proximo
Posts aqui toda sexta-feira
N/B: Acho que vai ser meio o Cravo e a
Rosa, claro que o nosso Ed não vai ser um jumento como o Petruquio, mas a
personalidade da Bella é igual a da Catarina (é isso mesmo?) Já prevejo uma
Bella bem briguenta e birrenta! E vocês o que acham que vai ser da fic?
Comentários são bem vindo!
Bjus Leh \O/